Gosto, cores e amores não se discute

O Bizarro está na moda? Sim, para contrariar tudo o que vemos e lemos no mundo da estética, que o belo é que é valorizado e o que é feio, ou melhor, o que foge aos padrões estabelecidos praticamente não faz parte do processo.

É o que podemos ver nas fotos das peças de roupas desenvolvidas pela marca alemã Miss Geschick & Lady Lapsus. Na primeira impressão que se tem ao vê-las é de algo bizarro, engraçado, mais por trás da brincadeira podemos destacar um contexto histórico.

O contexto ao qual eu falo, é o da década de 70, que buscava liberdade de expressão, paz e amor. Uma das formas de protesto era justamente a de se abster de tudo o que era materialista e desnecessário de acordo com os costumes hippies. Muitos adeptos dessa filosofia revolucionária que buscava mudança de costumes deixaram de se depilar, cultivavam barbas e cabelos compridos e em alguns casos extremos não tomavam banho.

Bom gosto ou não, a marca alemã conseguiu chamar atenção para questões importantes relacionada aos padrões estéticos de maneira engraçada, peculiar e diferenciada, já que os anos 70 voltaram com força total tanto no guarda roupa feminino, quanto no masculino. O difícil vai ser achar uma pessoa que tenha coragem de vestir essas peças....

Moda 70's com força total

Os anos 70 voltaram....não estamos regredindo, isso é apenas uma recriação, releitura do passado. Aliás, para os que acompanham a moda de perto sabem que é isso é perceptível no processo. Processo este que reinventa, faz novas leituras do que já existe. Infinito no mundo da moda, é algo que não deixará de existir porque é um ciclo de repetições que a cada vez que volta, volta evoluído.


A tendência dos anos 70’s volta mais uma vez com as mesmas modelagens da época, traz o volume, os maxidresses (maxi- vestidos), os acessórios grandes feitos de material natural como a madeira, couro cru, sementes e entre outros. As grandes estampas também entram em cena junto com as calças pantalonas, o tai dai, as plataformas gigantescas, sandálias rasteiras características da época e as franjas, presentes tanto nas roupas como nos acessórios remetendo ao estilo indígena das tribos da América do Norte.

O conforto parece ser uma das características principais da moda 70’s, trás nas entrelinhas o sentimento de liberdade dos jovens hippies. Essa sensação de volta ao passado e liberdade expressa na moda 70’s beneficia tanto o consumidor que literalmente “veste o passado”, quanto o mercado subjetivo da moda, que proporciona essa recordação, tem a possibilidade de aumentar as vendas, e sobretudo, trazer para o mercado produtos do passado com a tecnologia de hoje.

Em matéria de novas tecnologias neste processo destaco a inovação dos designs de estampas, tecidos inteligentes e que esteja adequado as necessidades do homem e a mulher de agora que não deixam de fazer referências ao que já viveram em busca da diferenciação e divulgação de ideologias e identidade. Talvez esse seja o adicional de reviver essa época libertária. Em fim pode ser um clichê, mas a moda sempre volta, renovada em alguns aspectos, mas volta.

Padronização não impede as diferenças

Como é possível ir a uma festa de forma diferenciada sabendo que quando chegar lá, vai ver que todas as outras pessoas estraram vestidas com a mesma roupa que você? Esta é a pergunta que se faz quando se vai a uma festa típica da Bahia ou então em eventos que fazem do vestuário passe para entrar na festa, que implantam os abadás como ingresso. Foi por isso então que eu fui conferir o que as pessoas fazem pra se diferenciar das outras na 9ª Levada Elétrica do Alambick.

A busca pela diferenciação neste contexto parece ser o elemento principal pra sobressair na multidão. Além da busca pelo diferente e pelo exclusivo, traços fortes do estilo musical, cultural e de identidade compõem o vestuário dos participantes da festa.

Exemplo disso podem ser vistos nas fotos que tirei, em que algumas pessoas aparecem de chapéu em referencia ao cantor de pagode baiano Psirico, Márcio Victor; ou então os colares os usados pelo tradicional bloco carnavalesco de Salvador “Filhos de Gandhi”, que neste caso não servem apenas como recortes de diferenciação do look de quem usa mas, sobretudo, parte da cultura baiana, incusive, estes acessórios eram vendidos lá mesmo no evento para as pessoas que por acaso, quisessem algo mais.

Uma característica interessante e que está neste tipo de festa também é o apelo a sensualidade, que se faz presente não apenas nas danças, letras das músicas mas também nas milhares de pessoas que exibem seus corpos (em dia com a academia ou não) no evento.

Acredito que este traço de sensualidade talvez seja conveniente ao cenário, muitos não conseguem se divertir, dançar ou acompanhar o trio elétrico com muita roupa, por isso além da sensualidade expressa, o conforto pode ser associado ao vestuário requisitado na festa, embora as vezes haja um exagero desnecessário que beire a vulgaridade.

Adornos demasiadamente grandes também estão presentes no visual: pulseiras, colares, brincos tudo é exagerado, colorido e não necessariamente combinam com as cores da camiseta. O exageiro não é motivo de preocupação por quem prepara o que vai usar na festa.

O que é importante ressaltar, é que ao ir a uma festa dessa, temos que nos vestir de acordo com o contexto mas sem deixar que suas características pessoais e sua identidade, sejam escondidas. O bom senso deve estar presente na hora de escolher elementos que complementem seu abadá, para que não cometa pecados em busca da diferenciação na multidão.

Veja abaixo uma amostra do que foi feito para encrementar o abadá:

Calça baggy com barra dobrada

As calças Baggy voltaram. Uma dica interessante para reinventar e voltar a usar este modelo de calça é dobrar a barra. Agora como já está começando a esquentar, o truque favorece bastante pois além de diferenciar seu look com roupas que você já tem em casa, dá um ar descontraído e jovial a combinação.

A dica também pode ser aplicada em calças de corte reto e bem surradas, em macacões ou então em bermudas, se por um acaso não gostar de usar as calças largas. A sugestão é usar com sapatilhas, sandálias rasteiras ou com salto alto, e segundo Glória Kalil a tendência tem efeito rejuvenescedor, pode ser usada em todas as idades.

Será que essa moda pega meninos?

A novidade do vestuário masculino nesta próxima estação é a bermuda no lugar da calça. Isso mesmo usá-la como um trage social no trabalho no lugar das calças para não passar tanto calor. Eu particularmente achei um tanto diferente e acredito que poucos homens - difíceis que são para adotar uma novidade fashion, - aceitariam esta tendência de verão.

Segundo Sylvain Justum, repórter do site de Glória Kalil, está novidade está sendo adotada por algumas empresas liberais do exterior com cunho ecológico. A exemplo, destaque para a Organizações das Nações Unidas (ONU) que sujere o look para que seus funcionários não passem tanto calor e consequentemente o uso do ar condicionado seja diminuído.

Se por um acaso vocês gostaram da idéia e quiserem adotar o look peculiar devem ter bom senso para combinar direito e não fazer feio. Tá aí as dicas de Sylvain Justum:

". Pense na bermuda exatamente como você pensa nas suas calças, ou seja, seja fiel à silhueta que lhe cai melhor: baggy, skinny ou reta. As de corte seco, na altura do joelho ou cobrindo parte dele, são mais seguras.

. Nos pés, escolha tênis baixos, mocassins ou sapatos tipo derbies. No calor, pode usar sem meia (ou com aquelas que somem no calçado, sabe?).

. O mais importante: para evitar ser tratado como um E.T., melhor levar em consideração o ambiente em que vai estar. Nem todo mundo absorve as coisas com tanta rapidez, não é mesmo?"

Clássicos repaginados

O verão de 2009 pede cores, muitas cores. Esta tendência se mostra principalmete nos acessórios, um exemplo disso são os óculos de sol que neste momento dispensam a simplicidade.

Em matéria de óculos que estão em alta posso destacar os modelos wayfarers, desenvolvidos pela Ray Ban desde a década de 60, o modelo usado por muitos icones do mundo das celebridades como Bob Dylan, os Beatles e a bonequinha de luxo Aundrey Hepburn, fizeram com que os wayferers fossem disseminados pelo mundo. Agora depois de tempos esquecido, o modelo volta ao mercado com a mesmo design mais com cores diferenciadas.

Para os que gostam de acessórios modernos essa é uma boa opção pois dá uma boa alegrada a um look básico. Tome cuidado apenas ao combinar as cores da roupa com a dos óculos.....tudo tem que se manter em harmonia.

Proteção chic

Parece que neste próximo verão os chapéus continuam tomando conta das cabeças masculinas e femininas como no inverno, em que as boinas e chapéus como os usados pelo cantor Justin Timberlake dominaram. Agora o sombreiro da vez é o tradicional chapéu panamá, que pode ser combinado com praticamente qualquer tipo de roupa e o melhor: protege muito bem nossas cabeças no verão.

Acredito que o chapéu é um acessório que não deveria sair de moda, principalmente porque muito mais do que uma tendência serve como arma de proteção contra sol forte, sobretudo para nós que moramos aqui na bahia e precisamos de uma proteção a mais, e que nos dê a sensação de não estarmos fora do "estilo padrão", já que nós brasileiros temos receio e não somos muitos acostumados a usar chapéu.

Além de dar um chame a mais esta tendência é o que podemos chamar de "ferramenta de necessidade" para os meses quentes que chegam por aí.

Pelado, pelado, nú com a mão no bolso!

Nesta primeira postagem resolvi trazer algo que nos últimos meses foi polêmico no mundo da moda. Estas são fotos da última campanha do estilista americano Tom Ford, feitas pelo fotógrafo Terry Richardson.

Como é de costume Tom Ford gosta de causar, e explorar em suas coleções o corpo dos modelos da forma como vieram ao mundo. Há quem ame e quem odeie a campanha, por isso coloquei aqui para vocês mesmo julgarem. Será que o erotismo da campanha fez com que as vendas da marca aumentassem?

Ps: O modelo que aparece nú na campanha é o brasileiro Alex Schultz. Depois que fez estas fotos, o modelo também participou pelado do desfile da Rosa Chá que aconteceu na última edição da São Paulo Fashion Week.